terça-feira, 13 de setembro de 2011

O fator X

Qual é o fator decisivo que garante um bom treinamento? O que não pode deixar de ter num treinamento de qualidade?
Vários questionamentos nesta linha vêm me surgindo, à medida que desenvolvo minha percepção a respeito da profissão, também à medida que exerço minhas atividades em sala de aula e mais ainda quando assisto ao treinamento, palestra ou workshop de um colega.
Fiz uma mini enquete no meu perfil do facebook e recebi respostas diversas, mas sempre convergentes pro que a maioria das pessoas costuma pensar. Um amigo respondeu que o mais importante é domínio do conteúdo a ser explanado e eu, que concordo, posso expandir para domínio das técnicas de apresentação e dos recursos utilizados, áudio, vídeo, projetor, controles, computadores, etc. Parece elementar, mas há erros bobos porém fatais em não operar direito nem seu próprio conteúdo, nem a forma como transmiti-lo.
Para sanar este problema, no caso dos recursos a serem utilizados na sala de aula, uma boa solução é o famoso check-list e os incansáveis testes, pra saber se tudo está realmente funcionando - isso antes de a galera estar na sala, óbvio. Para as questões de domínio de conteúdo é simples - basta estudar, estudar e estudar; isso sem falar na estruturação de uma apresentação não basicamente fácil de ser recebida - mas também fácil de ser executada. Já quanto às técnicas de apresentação falarei depois, isso é papo pra outro post.
O negócio é que depois de várias respostas nesta linha, não me satisfiz. Já vi - inclusive comigo - acontecer de termos um treinador expert em apresentar conteúdos, uma estrutura audiovisual perfeita, alunos interessados (coisa rara, hoje em dia), excelente conteúdo tanto do cara, quanto do material e nada: o treinamento foi horrível. Até que um dia, o excelentíssimo Senhor Tom Best, instrutor a nível Trainer das turmas de PNL surge com a resposta que satisfaz minha cabecinha inquieta: basicamente, são 3 coisas mais importantes para a garantia de um excelente treinamendo - um, o estado do trainer; dois, o estado do trainer e três, o estado do trainer.
Fez sentido. Num momento com estrutura perfeita, tanto de conteúdo quanto de aparado técnico, nada influencia mais a empatia e o real envolvimento dos treinandos do que o estado mental do treinador, ainda mais que sabe-se que estados mentais são altamente contagiosos. Sem um bom estado mental, nada é suficientemente bom a ponto de salvar a aula da derrocada. Mas se o estado mental está tinindo, a coisa flui, a turma responde (porque fica-se mais flexível), o treinador se sente pleno de recursos e lança mão de cada um que seja necessário para atingir o objetivo-fim do treinamento, percebe-se melhor a turma, interage-se melhor com ela. Isso sem falar no gostinho de inesperado que pode surpreender-nos com o resultado do trabalho, ao final do dia.

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